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terça-feira, 20 de junho de 2017

It's time


Chegou a hora, eu senti. Meio ano se passou e eu ainda estava tentando fugir dos
meus sentimentos. Sim, era uma fuga, uma maneira de tentar sobreviver à ação do
tempo, da dor, da saudade. Até agora eu tentei desviar meu pensamento de você
todas as vezes que você me veio à mente (que não foram poucas). Eu lutei bravamente
contra suas lembranças e, sabe de uma coisa? Eu consegui. Sim, eu já não pensava
mais em você e na nossa vida. Cara, você imagina o quão louco é isso? SIM! EU JÁ NÃO
PENSAVA EM VOCÊ.
Aí veio aquele maldito filme e aquele maldito sonho. A minha primeira reação foi me
perguntar por qual bendito motivo eu não continuei assistindo minhas séries cheias de
violência, ao invés de escolher justamente aquele filme que me lembrou de você. Mas
ok, quando eu escolhi o filme, eu não sabia que aquele enredo maluco iria me lembrar
de nós dois, eu não sabia que aquela história iria despertar todo esse sentimento que
venho escondendo de mim mesma há seis meses. Mas foi bom. Eu me reencontrei. A
anedonia é o meu maior perigo: eu não sei não sentir; eu me perco de mim.
De repente, me veio aquela vontade absurda de correr pro teu prédio e gritar bem alto
que eu ainda te amo. De repente, eu quis parar de ser forte e fingir que tá tudo bem.
De repente, me deu inspiração pra escrever de novo... sobre você e sobre cada moço
que cruzou o meu caminho nesse tempo todo. Sim, aguente. Eu vou escrever um texto
sobre cada um deles e você vai ler. Você vai saber que minha vida andou sem você,
que eu conheci gente, que eu beijei caras, que eu ri bastante e me decepcionei
também. As minhas emoções não são exclusividades suas, baby. Mas você também vai
ver que tudo volta pra você.
Sim, tudo volta pra você, e você vai ficar se achando o maioral por dentro, apesar de
demonstrar aquele sentimento de repulsa por fora, como se dissesse “aquela garota é
louca mesmo”. Sua namorada vai ler isso e vai sentir raiva de mim, e achar que o
namorado dela é o maior gostosão do pedaço. Coitada, ainda está no início e por
enquanto ela não descobriu seus defeitos e ainda acredita que você é um príncipe.
Sim, eu sei o quanto você pode ser bom, o quanto pode ser perfeito, e eu tenho sim
muito ciúme disso. Mas eu também fico me perguntando se ela vai continuar te
amando quando souber do quanto você pode ser mau. Eu me pergunto se ela vai
conseguir passar por tudo o que você sabe que eu passei. E, principalmente, se depois
de tudo, de tudo aquilo, ela vai conseguir sentar na frente de um computador, e abrir a
alma como eu estou fazendo agora, mostrando que o amor continua lá, do mesmo
jeito de três anos atrás durante aquele jogo da Itália.
Sim, é hoje. Sim, é agora. Eu voltei. E é a sua vez de lidar com isso.
Vire-se.

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