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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Aquela dos 30


Pois é, trintei...
E cheguei nos 30 com várias inquietações e sentimentos controversos. Será a famosa crise existencial?

Quem eu sou? No que eu me destaco? O que faço bem? Qual é o meu hobby? Será que estou na profissão certa? Por que não consigo ficar rica? Esses são apenas alguns dos questionamentos que aparecem todos os dias, do nada, e no meio da correria normal da rotina de trabalho.

Passa também pela cabeça um pequeno teaser da vida até aqui, e eu tive o privilégio de ter a trilha sonora embalada por RBD e Taylor Swift no Brasil... Caramba, quando foi que eu saí do meu quarto com meu aparelho de som e meus CDs e vim parar aqui, casada, autônoma e tentando ser alguém?

Olho ao redor e vejo amigas solteiras, casadas, grávidas, divorciadas... Uau! E será que um dia eu vou ter filhos e a capacidade de ser mãe? Gerar e criar vidas? Bizarro.

Sinto que preciso me reconectar comigo mesma e lembrar de tudo que um dia eu amei fazer: dançar, ler, escrever. Era o que me movia... E por que não faço mais nada disso? 

Aos poucos tento voltar a ter contato com doses homeopáticas de tudo aquilo que um dia foi a Mariana: separei um bloquinho pra anotar o que sinto todo dia, voltei naquele bar que carrega tantas histórias, tô aqui escrevendo esse post... Mas parece que é tudo tão pesado, tão estranho, tão anormal. Atípico.

Parece que o tempo, a gravidade, as linhas de expressão, e tudo o mais que a gente ganha com a idade acaba gerando uma couraça que trava nossas antigas habilidades. Nem sei mais escrever direito e parece que estou emburrecendo ao invés de melhorar. 

Enfim, senti que precisava e devia registrar todo esse turbilhão que estou vivendo pra que em algum momento do futuro eu possa rir dessas incertezas e inseguranças dos trinta anos. Que Deus me abençoe e ilumine o que está por vir.


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