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quarta-feira, 12 de março de 2014

Mais um, menos um...


É, realmente, eu não sei me despedir. Característica que, hoje eu vejo, sempre existiu, mas que só consegui entender há pouco tempo. E não importa o tempo de convivência, desde que tenha me marcado de alguma forma, posso ter conhecido há mil anos ou há 15 dias, eu simplesmente não sei deixar pra lá. Qualidade? Defeito? Nem eu sei. O fato é que não deixo ninguém morrer dentro de mim, mesmo que seja alguém que eu devesse matar.
O instinto do meu coração errante é acumular pessoas, e não se livrar delas. O coitado não consegue deixar de se importar, se preocupar, mesmo que a um custo alto de muita agonia. Minha mente ligeira, capaz de pensar 1 trilhão de coisas em apenas 1 segundo, sempre paira de novo no mesmo lugar. De fato, se torna uma tortura simplesmente não falar, não saber, não dar bom dia. A vida real já me mostrou a duras penas que dar adeus faz parte da existência humana. E eu juro que bato um papo diário com o universo pra ver se a gente se ajeita e ele me ensina a como tornar as coisas mais fáceis, simples e leves.
Por enquanto, meu autocontrole ainda é restrito, e eu sigo calada quando posso e sensata quando consigo. Não sem olhar o “visto por último hoje às...” de vez em quando, porque ninguém é de ferro. Mas, vamos lá, sempre há um progresso. A frequência diminui, novos acontecimentos vêm pra ocupar a cabeça e a falta de tempo colabora muito.

No fim das contas, a velha dúvida permanece: “É cedo ou tarde demais? Pra dizer adeus, pra dizer jamais...” 

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